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terça-feira, outubro 13

Casos de candidíase aumentam muito com calor e suor


Com a chegada do verão, os médicos fazem um alerta: é preciso redobrar os cuidados com a candidíase. A doença se prolifera nos períodos mais quentes do ano, quando as pessoas transpiram mais e passam a usar sungas e biquínis molhados por longos períodos. Isso acontece porque o calor e a umidade favorecem o aumento da candida albicans, fungo que provoca a doença. A  especialista em ginecologia, obstetrícia e medicina fetal, Daniele Peev, alerta para que as mulheres redobrem os cuidados nesta época do ano, principalmente, em relação à saúde íntima. “A umidade e o aumento da temperatura podem trazer consigo inflamações, coceiras e corrimentos”, ressalta a médica.

Os sintomas da doença são coceira e dor para urinar e durante o ato sexual, além de corrimento. Associada à candidíase podem, ainda, aparecer as vulvovaginites, outro tipo de doença causado por inúmeros protozoários e bactérias.

A candidíase tem cura e o tratamento, geralmente, é feito com antifúngico e creme para a região íntima. O tempo de recuperação varia de acordo com a paciente. A doença pode, contudo, ser evitada com alguns pequenos atos, como evitar o uso prolongado de peças úmidas e roupas com tecidos sintéticos, que aumentam a umidade e a temperatura na região genital.

“Devemos, sempre que possível, trocar o biquíni molhado por peça seca, além de optar por tecidos menos sintéticos, que deixam as partes íntimas respirarem. Desta forma, evitamos um ambiente propício para a proliferação dos fungos.

A atenção com os lugares para sentar-se também deve ser redobrada, para evitar a proximidade com os fungos. “Evitar contato direto com a areia, escolhendo uma cadeira para se sentar, é a melhor opção, pois a areia está infectada de micro-organismos, que podem causar infecções vaginais”, lembra a médica.

Outra questão importante é a higienização da parte íntima, que deve ser feita com frequência e de maneira correta. “A higiene na região íntima deve ser feita sempre com água corrente limpa, sabonete neutro de glicerina, de coco ou específico íntimo, indicado pelo ginecologista. Além disto, é preciso lembrar sempre de lavar as mãos”.

Lavar peças íntimas durante o banho e as deixar secando no box também é uma grande oportunidade para as bactérias, já que o local é úmido. “O ideal é que a secagem ocorra em um lugar ventilado e, logo após, seja usado o ferro de passar, evitando a umidade e, consequentemente, a contaminação”.

O uso incorreto do absorvente diário, durante o verão, também pode auxiliar na proliferação de fungos e bactérias, já que existe um abafamento na região íntima, que modifica a acidez da vagina, aumentando a incidência de infecções. “No caso do absorvente interno, por exemplo, ele serve como barreira para alguns micro-organismos, mas devem ser trocados a cada três horas. O uso prolongado pode fazer com que as bactérias cheguem à parte superior do útero, causando infecção em proporções maiores”, alerta.

Dicas:

- Evite uso prolongado de peças úmidas (trocar a cada 5 ou 6 horas);
- Use sempre roupas leves e ventiladas;
- Faça a higiene íntima adequada;
- Evite compartilhar roupas íntimas e toalhas;
- Utilize sempre camisinha;
- Agende consultas com frequência ao ginecologista. 
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quinta-feira, julho 28

Perguntas Frequentes

Candida Albicans
Pode-se adquirir candidíase sem ter relações sexuais?

Este é um fungo que naturalmente faz parte do organismo, mas se torna um problema quando ele sai de controle e se prolifera em demasia. Ele começa a crescer em quantidades desproporcionais quando as defesas do organismo ou da região vaginal diminuem. Sabe-se que o fungo  cresce muito bem em meios ácidos, como o vaginal. Dessa forma, é possível adquirir candidíase sem ter relações sexuais.

Quais são os sintomas da candidíase?

• Ardência ao urinar
• Prurido vaginal e anal
• Dor durante as relações sexuais
• Corrimento branco, em grumos, parecido com leite coalhado
• Pequenas manchas vermelhas no pênis e prepúcio com prurido e edema
• Nos casos mais sérios, podem ocorrer distúrbios gastrointestinais e respiratórios
• Na região oral são a dor e vermelhidão da boca e mucosa, podendo também haver manchas brancas ou placas na mucosa da língua e bochecha

Como se pode diferenciar a candidíase genital de infecção no trato urinário?

Uma vez que candidíase genital e infecções no trato urinário têm sintomas similares, como sensação de queimação ao urinar, é importante consultar um médico e obter teste laboratorial para determinar as causas do sintoma e obter tratamento eficiente.

O quanto comum é a candidíase genital e quais são suas causas?

Quase 75% de todas as mulheres adultas têm pelo menos um caso de candidíase genital durante a vida. Em raras ocasiões homens também podem ter candidíase genital. Ela ocorre com mais freqüência e maior gravidade em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Há outras condições que podem aumentar o risco em mulheres como: gravidez, diabetes mellitus, uso de antibiótico de largo espectro, uso de medicamentos corticosteróides.

Como a candidíase genital é transmitida?

A transmissão da candidíase se dá pelo contato com secreções da boca, pele e vagina e dejetos de pessoas contaminadas. Além disso, a mãe pode transmitir este fungo para o bebê durante o parto.

Como é o tratamento para candidíase genital?

O tratamento é feito com antifúngicos sistêmicos (usados via oral) ou tópicos (cremes e soluções), de acordo com cada caso. Embora esses medicamentos geralmente curem a infecção (em 80-90% dos casos), as infecções que não respondem ao tratamento estão se tornando cada vez mais comuns. Uso freqüente e prolongado do tratamento pode diminuir sua eficiência.

Além disso, deve-se obedecer rigorosamente a uma higiene pessoal, evitar relações sexuais durante o tratamento.

O fungo pode ficar resistente ao tratamento?

O uso abusivo de medicação antifúngica pode aumentar a chance que ele eventualmente não funcione (o fungo desenvolve resistência à medicação). Desta forma, é importante ter certeza do diagnóstico antes de usar o medicamento.

O que acontece se a pessoa não procurar tratamento para candidíase genital?

Os sintomas, que podem ser bem desconfortáveis, persistirão. Existe a probabilidade que a infecção seja transmitida ao parceiro sexual.


Alimentação para combater a Candidíase

A cândida é um fungo que afeta mulheres e homens de todas as idades. Vários fatores podem desencadear o crescimento desenfreado da candida albicans, sendo o uso de antibióticos o principal deles, pois mata toda a flora intestinal, dando espaço para o fungo procriar. No entanto, o estresse, o uso de anticoncepcionais orais por longo período, anti-inflamatórios, dieta rica em açúcar, lactose e carboidratos refinados também podem levar ao problema.

As consequências vão além da candidíase vaginal. Perda de libido, irritabilidade, fadiga, aumento de peso, compulsão por doces e carboidratos, alergias, entre outras, são uma possível realidade para  a maioria das mulheres com supercrescimento fúngico.

Alimentação adequada

O tratamento consiste em retirar todos os alimentos que estimulam o crescimento fúngico, como açúcar, mel, melado, doces, pães refinados; alimentos fermentados como pães, cerveja, vinagre, vinho; alimentos em conserva, embutidos...

A quantidade de carboidratos deve ser regulada, inclusive a quantidade de frutas, e dependendo do caso, somente frutas com pouca frutose são permitidas, recomenda a nutricionista.

Na dieta alimentar são incluídos alimentos com ação antifúngica, como as sementes de abóbora (usadas como farinha salgada na comida, depois de triturada), orégano e tomilho; romã (toma-se o suco, que se prepara batendo a polpa e as sementes, onde está o composto ativo contra a Cândida); óleo de coco extravirgem (pode ser usado no suco de fruta ou no chá – basta misturar).

sementes de abóbora
Suplementos fitoterápicos também são importantes no combate ao fungo. Durante esse tratamento, a flora intestinal vai sendo restabelecida e o  fígado vai sendo cuidado, pois é ele quem recebe todas as toxinas dos fungos que estão sendo exterminados. Dessa forma, a alimentação desintoxicante deve ser feita simultaneamente.

O tratamento exige força de vontade, mas como resultado a pessoa se vê livre dessas infecções vaginais constantes e melhora a disposição, a libido, o humor, a estética e ainda previne as sérias consequências de um longo período de exposição à Cândida Albicans.